domingo, fevereiro 29, 2004
237 Globalização
Retirado do JN de hoje:
Há dois anos, os Limp Bizkit encheram o Pavilhão Atlântico em duas noites seguidas. Agora regressaram. Mas o máximo que conseguiram foi encher pouco mais de metade da mesma sala. E numa única noite. (...) Entretanto, e tal como na sua anterior passagem por cá, os Limp Bizkit voltaram a impor a proibição de venda de álcool no concerto. Ora, semelhante atitude castradora configura, logo à partida, uma certa presunção ("Vejam só: a nossa música é de tal forma intensa que, se misturada com cerveja, pode ser explosiva"). Assim como também denota um certo moralismo "americanoide" que, pelos vistos, tenta educar as tribos deste lado do Atlântico, impondo uma "lei seca". Tal atentado à liberdade de cada um depara-se-nos absolutamente ridículo, absurdo e despropositado. Compreende-se que se proíba a venda de álcool a menores ou pré-adolescentes. Mas já não se aceita de bom grado que meia-dúzia de americanos aterrem neste país de ricas tradições vinícolas e que, dentro das nossas fronteiras - isto é, em nossa casa! -, nos castrem a liberdade de bebermos o que muito bem entendermos.
Originalmente publicado no sapo.CAP @ 2/29/2004 07:30:00 da tarde
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