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quarta-feira, junho 16, 2004

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            O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do Amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas de ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão – e nada mais!

            Antero de Quental

            Cavaleiro Andante

Porque sou o cavaleiro andante
que mora no teu livro de aventuras
podes vir chorar no meu peito
as mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
e a chuva de Maio te molhe
sempre que o teu barco encalhe
e a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
que o teu velho medo inventou
podes vir chorar no meu peito
pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
que a América roubou a lua
ou que um louco te persiga
e te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
mentiras que te fazem feliz
e tu vibras com histórias
de viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
longe de tudo que é mau
que eu vou estar sempre ao teu lado
no meu cavalo de pau

            Carlos Tê

Originalmente publicado no sapo.

CAP @ 6/16/2004 05:17:00 da tarde

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