quinta-feira, dezembro 16, 2004
Uma questão de nível
Gosto de uma boa briga, sobretudo quando os oponentes têm nível e se regem por valores socialmente aceites. Não tenho pachorra nenhuma para aqueles falsos eruditos armados ao pingarelho. A propósito, recebi por correio electrónico esta lição de vida: Era uma vez um grande samurai, que vivia perto de Tóquio. Mesmo idoso,dedicava-se a ensinar a arte zen aos jovens. Apesar da idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro, conhecido pela total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e aumentar a sua fama. O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo, chutou algumas pedras na sua direcção, cuspiu-lhe no rosto, gritou insultos, ofendeu os seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No fim do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se. E os alunos, surpreendidos, perguntaram ao mestre como pudera ele suportar tanta indignidade. - Se alguém chega até ti com um presente e não o aceitas, a quem pertence o presente? - A quem tentou entregá-lo! - respondeu um dos discípulos. - O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceites, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A tua paz interior depende exclusivamente de ti. As pessoas não te podem tirar a calma. Só se o permitires... Fui suficientemente explícito?
CAP @ 12/16/2004 04:02:00 da tarde
Viajante, temos é que lhes dar um valor apropriado. Relativizar e não empolar.
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