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terça-feira, fevereiro 15, 2005

Nem amo, nem odeio 

Fui lava incandescente e desmedida, Que este vulcão ardente provocou. Tão rubra como o sol, que cria a vida, Grande paixão-loucura em mim brotou. Desse vulcão extinto, arrefecida, Toda a minha alma se petrificou. Sou a estátua da dor indefinida, De quem medir não sabe quanto amou. Agora já não amo, nem odeio, Mas consegui livrar-me deste anseio, Porque não há em mim mais sonhos vãos. Vivo serenamente esperançada De nunca mais viver amargurada Com a Paz, que hoje aperto em minhas mãos. M.ª José A. P. Silva, Estrelas do Meu Céu

CAP @ 2/15/2005 07:33:00 da tarde

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