segunda-feira, outubro 10, 2005
Mais uma excepção à não-ingerência
Detesto a política, a maioria das moscas que por lá volteiam e, sobretudo, falar dela. Contudo, é triste constatar que nestes últimos 14 anos todas as eleições têm sido a antítese daquilo a que se destinavam originalmente: a escolha dos melhores para fazer o melhor.
Eu explico: em 1991 votou-se Cavaco (PSD) para continuar o que vinha a fazer, foi o último eleito na verdadeira acepção da palavra. A partir daí, as cruzes nos boletins de voto deixaram de exprimir a vontade de nomear alguém, passaram a manifestar a vontade de impedir que alguém ganhasse. Primeiro, Guterres contra o PSD; depois Durão contra Guterres; Santana contra Sócrates; Sampaio contra Cavaco; Rio contra Gomes e Assis; Carmona contra Carrilho; Seara contra João Soares e por aí adiante.
Os mediáticos proscritos acabaram por dar aos partidos que não os quiseram / puderam manter nas suas fileiras um sinal claro da opinião que os eleitores têm desses mesmos partidos. Não é preciso nomeá-los de novo, vocês sabem de quem estou a falar (não, não é do Octávio).
Não seria uma boa altura de avançar para listas nominais nas eleições legislativas? De que têm medo os partidos? Ah! Pois! Era o fim dos aparelhos, não era? Era! Mas sempre os podíamos mandar sentar aqui, como se dizia n'O Juíz Decide de boa (?) memória.
Este texto não corresponde à imagem que os leitores deste blogue fazem do seu autor, tendo sido escrito sob influência de uma Fanta laranja sem gás (não havia Sumol).
CAP @ 10/10/2005 04:41:00 da tarde
Comunicaram:
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