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(Re)nascido


Um blogue a toda a largura (redimensionável pelo leitor)

quinta-feira, maio 04, 2006

Esbater a diferença 

descubra as diferenças A Maria tinha-me desafiado antes do abate. Para não repetir algo que já tivesse aparecido em dezenas de outros sítios, não respondi logo. Faço-o agora, com o site do Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência (SNRIPD). Não é uma organização, antes apoia as que existem com o objectivo da reabilitação e da melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, ao nível da saúde, do ensino e formação profissional, do emprego e do apoio social. A propósito quero partilhar convosco este e-mail que recebi hoje. Lembrem-se! Nem todas as deficiências são fruto de herança genética.

Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para escolas comuns. Num jantar de beneficiência de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou: "Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de factos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?" Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas ele continuou: "Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança." Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro: Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me: - Pai, você acha que eles me deixariam jogar? Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipa. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros da equipa e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse: - Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipa e tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada. Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipa de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, a equipa de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar. Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipa deixaria Pedro, de facto, rebater nesta circunstância e deitar fora a possibilidade de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos companheiros da equipa de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipa balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base. Então todo o mundo começou a gritar: Pedro, corre para a primeira base. Corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha corrido... Mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou: Corre para a segunda, corre para a segunda base. Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direcção de terceira base e todos gritaram: Corre para a terceira. Quando Pedro contornou a terceira base, os meninos de ambas as equipas correram atrás dele gritando: Pedro, corre para a base principal. Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganhado o jogo para a equipa dele." "Naquele dia," disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!" O facto é verdadeiro e ao mesmo tempo nos causa tanta estranheza! Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas se espalham como fogo, mas quando enviamos mensagens sobre algo de bom, as pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las. É preocupante que coisas grotescas, vulgares e obscenas cruzem livremente o ciberespaço, mas se você passar adiante esta mensagem, não a enviará para muitos de sua lista de endereços, porque não está seguro quanto ao que eles acreditam, ou ao que pensarão de você.

CAP @ 5/04/2006 10:47:00 da tarde

Comunicaram:
Parece um paradoxo, mas não é:
Eu não tenho fé em Deus, logo não a posso ter na "sua" perfeição. Mas, ao ler este texto, fico com uma certeza: eu tenho fé! Sei lá... nas crianças, no Homem... naqueles que fazem chegar até nós estas fatias de vida... Chego, assim, ao fim do dia mais rico: tenho mais uma porta aberta para o futuro.
 
Grande escolha, Cap!:))
(tocou-me mesmo especialmente)
Porque o importante é mesmo esbater as diferenças e integrar. Se nem todos tocamos música ou pintamos, temos é de nos aceitar com as diferenças que temos, sejam quais forem, e convivermos todos sem "guetizar" ninguém.
 
É bem verdade Cap :)
Houvesse mais quem o fizesse
 
Eu compreendo-te bem, Aires. Ainda te vou converter. ;)

A "qualidade de vida", a possibilidade de fazer coisas que parecem inalcançáveis é tão importante, Maria.

Um bocadinho a cada um de nós, Sofia. Olha: "traz um amigo também". :)
 

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